sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Baseado em fatos reais


O tráfico de drogas deixou de ser um negócio do submundo.As barreiras para a compra e venda foram vencidas, o poder paralelo foi estabelecido! Há muita oferta e fácil acesso.A sociedade está repleta de pais tomados de culpa pela ausência na vida dos filhos e por isso os “dá” liberdade demais, cedo demais. Perigo?! Crescer sem saber o valor de se “conquistar” o direito de ir e vir.A liberdade de hoje é produto de consumo.Cada vez mais cedo, jovens usam drogas, tanto pela falta de estrutura moral, como pela necessidade fisiológica da fusão de grupos na adolescência. É o ontem e o hoje que se misturam de forma desordenada e isso torna praticamente impossível fazer um jovem rir da Sarah Pallin ao invés de uma geladeira voadora.Pesquisadores apontam que a adolescência se estendeu. Hoje, ela pode ser percebida até os 29 anos, para ambos os sexos. Pior que isso é notar que muitos destes “adolescentes” já tem filhos adolescentes de até 15 anos. É um ciclo (ou circo) triste e feliz ao mesmo tempo, onde tudo é normal e absurdo.É fato que o sistema capitalista condiciona o social a esse cárcere histórico, agora, se o poder público não é capaz de anular o mal que há nas drogas, pelo menos deveria amenizar o sofrimento de pessoas que não sabem fugir dele (posologia assistida e menos violência).A discriminalização dos ilícitos talvez seja uma saída, já que nossa polícia é corrupta e murro em ponta de faca dói.É como acontece com as cotas para universidades: REZAR UMA NOVENA PARA QUE SEJA UMA BOA PALIATIVA E REZAR UMA TREZENA PARA QUE UM DIA A MEDIDA EFETIVA CHEGUE.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Duas pedras de gelo para a filosofia pura


“Num determinado domínio dos seus conhecimentos, a razão humana possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. Cai nessa perplexidade, não por sua culpa. [...]Todavia, logo se apercebe de que, desta maneira, a sua tarefa ficará sempre inacabada, porque as questões nunca se esgotam. Por conseguinte, vê-se obrigada a refugiar-se em princípios que ultrapassam todo o uso possível da experiência e, não obstante, estão ao abrigo de qualquer suspeita, já que o senso comum está de acordo com eles”.

Foi exatamente assim que Immanuel Kant criou conceitos de moral e ética. Com mais dúvidas, do que certezas sobre o que estava fazendo (embora ele pensasse o contrário).Cercado de questionamentos, o homem se vê acuado em seus próprios tormentos. Tormentos que foram culturalmente nutridos por uma moral primitiva, algo que sempre existiu mas, nomeada de outra forma.A Guerra Fria foi estendida por anos, porque duas formas de governo não poderiam coexistir. O socialismo soviético era o avesso da decência do capitalismo americano.Por não saber lidar com o argumento desconhecido, se inicia a guerra de egos, onde cada um mata primeiro a si mesmo. A oportunidade de agregar conhecimento é deixada de lado, posto que é mais cômodo deleitar-se no êxito de um, que, no sacrifício por todos.Disputas religiosas em prol de um Deus que prega a paz. As doutrinas já foram fundamentadas em uma legislação ética e moral por parte do homem, por isso tantas tragédias, tantos absurdos justificáveis.A cor da pele diferente, o amor por alguém do mesmo sexo, o cabelo pintado de laranja. Todos foram e continuam sendo objetos ardentes no campo da ética e da moral e porque não, dos “bons e velhos costumes”. Aqueles velhos costumes vindos de uma caverna onde um homem arrastava sua mulher pelo cabelo, apoiado por todos os outros homens que acreditavam conjuntamente, que essa seria a forma correta de se tratar uma esposa, quem sabe...Talvez o simples fato de não poderem gerar um ser idêntico à sua imagem, fosse algo temeroso. Pobrezinhos, eles fazem parte, são os pais! Mas como fugia à capacidade intelectual da época, termino este comentário por aqui.Agora, e os preconceituosos convictos de hoje em dia? Que desculpa dar?Que não tracem seus caminhos em nome da alienação, crueldade e desamor. Amém!
Trecho extraído de: Crítica da Razão Pura. Kant, Immanuel