terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quem seria Jesus sem Judas?




Jesus: o maior professor que já existiu (e existe).

Por vivermos num país católico e por conseqüência, cristão, a maioria de nós já ouviu histórias que falam deste homem e sua sabedoria.

Da infância aos 33 anos, idade em que foi morto, Jesus encontrou uma sociedade embrulhada em preconceitos e leis desumanas. Era um tempo em que muitos estavam excluídos, à margem, distantes do sol.

Ele mesmo, por pensar que o poder de amar é mais grandioso que amar o poder, sofreu na pele a retaliação de um povo sem essência humana.

Os que foram encontrados pelo caminho, foram tocados e curados de si próprios, mas muitos não foram, nem curados, nem encontrados.

Alguns se esconderam, alguns se mostraram.

De uma bela história de vida, o que mais marcou a trajetória deste homem, foi sua morte, o que nos mostrou através de fatos a concretude da fé: a ressurreição.

Jesus Cristo precisou sofrer a dor do princípio ao fim, da traição à crucificação.

A dor do amor traído, a dor da compreensão desprendida e desvalorizada, visto que Judas não era um doutor ou notável para pertencer à cúpula de Jesus. Ele acreditava que as menores sementes, poderiam sim, produzir as maiores sombras futuramente.

Judas se escondeu e depois, se mostrou.

Se escondeu do amor e se mostrou à vaidade, ao engano.

O sofrimento preso a isso tudo, nos mostra dia-a-dia que certos episódios da vida precedem grandes alegrias. Alguns dizem que um dia de tristeza antecede um de alegria, um inverno precede uma inesquecível primavera e por aí vão os ditos populares.

E o melhor, a incerteza do sofrimento insuportável passa, mas a certeza da sabedoria que se colhe é eterna.

Batam palmas pra Jesus! E pra Judas também. Ninguém é totalmente imprestável.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lazer indoor e outdoor

A série Alice, produzida e exibida pela HBO Brasil foi fantástica, tanto pelo enredo e elenco de altíssima qualidade, quanto pelas paisagens exploradas: a capital São Paulo e Tocantins, mais especificamente, o Jalapão.


Os dois locais são pontos turísticos maravilhosos mas, o Jalapão ainda é pouco explorado, principalmente por nós brasileiros.

Eu ainda não pude visitar mas, entrou pra minha lista, graças a Alice (encantada).

Aliás, fica a dica!




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Será loucura? Parece que não.

Com o passar do tempo, os jovens perderam o respeito pelos mais velhos.
Os tomates perderam seu sabor e tomaram forma de abóboras.
As megalópoles não recebem mais as chuvas torrenciais.
Gentilezas também caíram de moda.
O SMS aposentou o buque de rosas.
O eu te amo substituiu a virtude respeito.
A impaciência tomou o lugar do bom dia, sente aqui um pouco.
Nem o inverno respeita mais a primavera.

Parece mesmo que, com o passar do tempo, as essências se perdem pelo caminho.
Se o tempo finda e a distância tudo mina, por que eu e talvez até você, ainda guardamos nossa comunhão com Deus?
Será loucura?
Parece que não.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ctrl+c Ctrl+v justificáveis

Na estrada da minha casa há um pasto. Dois cavalos vivem lá. De longe, parecem cavalos normais, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego. Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo; um cavalo mais jovem. Isso já é de se admirar. Se você observar ouvirá um sino. Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo novo. Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele. Ambos passam os dias comendo e no final do dia, o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo. E você percebe que o cavalo com sino está sempre olhando se o outro o acompanha, e às vezes pára, dando um tempo para que o outro possa alcançá-lo. E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo. Como o dono desses dois cavalos, DEUS não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos. Algumas vezes somos o cavalo cego, guiado pelo som do sino daqueles que DEUS colocou em nossas vidas. Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar o seu caminho. E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.

Anônimo
Acho a maior graça.
Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!

Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde. E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda. Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca. Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor. Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada.

Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Meu tempo vale mais que o dinheiro

O que define uma pessoa como inteligente e bem preparada para exercer um cargo?
A intelectualidade por si só, foi posta em xeque há um bom tempo.
Quem já passou pela faculdade, universidade ou até mesmo por bancos escolares, sabe do que eu falo: de professores que sabem muito para si, mas que sabem pouco para os outros.
Algumas pessoas dominam áreas, mas não conseguem compartilhar do conhecimento com os demais. Isso não é necessariamente um problema, foi apenas a origem dos profissionais da era cognitiva.
Esses novos caras são tecnicamente preparados, sabem o que dizem e quando dizer. Eles funcionam como um pequeno planeta, tendo um universo ao seu redor, onde tudo flui, desde a corrente do mar até os ciclos mais paradoxais.
Isso acontece porque este novo profissional não entende pessoas mas, entende as pessoas. São mais que líderes natos, são sábios perdidos no mundo corporativo.
Esse profissional não se preocupa com metas, se preocupa com gente, e por incrível que pareça, a meta batida com gratidão vale muito mais!
Nesta era, o verdadeiro ouro foi descoberto, o capital humano.
O comportamento do qual estamos falando, também é chamado de inteligência emocional pelos psicólogos. É como se agora, nosso objetivo fosse, nos fazer entender e não mais, nos fazer entendidos.
Grandes empresários não cursaram a graduação e outros, mal aprenderam a ler e a escrever. Qual o segredo do sucesso? A sabedoria meu filho, a sabedoria!
Informação a gente encontra nos livros e conhecimento, só na vida.




E eu fico aqui, sonhando com uma indenização por quase todos os cursos que fiz na vida.

domingo, 20 de setembro de 2009

As últimas notícias comuns e que já não aguentamos mais ouvir são:

- A liderança de Marina Silva no PV;
- A volta de Ronaldo (de novo) ao Corinthians;
- A polêmica Lei Antifumo dos Estados de São Paulo e Paraná;
- O fim de Caminhos das Índias;
- O buchicho sobre a nova “A Fazenda”;
- A estreia do Real Madrid na Liga Espanhola;
- A morte de Patrick Swayze;
- O mistério do pré-sal;
- A maternidade e Gisele B.;
- A baixaria da Fórmula 1;
- Crise do futebol argentino.

Faltou uma: a guerra entre Rede Record e Rede Globo.
Esse episódio da TV brasileira que afirma a famosa Lei de Murphy: a cada dia, a coisa fica pior.
Empiricamente falando, nenhuma das duas emissoras são santas, e isso não foi uma piadinha sarcástica.
A Record é investigada há muito tempo. Os sinais não eram claros pra não assustar o lobo mau (mas o Edir Bispo Poderoso Macedo já foi até preso).
A Globo, da mesma forma, também já foi investigada por várias vezes, desde conduta indevida com o Projeto UNICEF até posse de terrenos que não foram adquiridos legalmente.

Outras TVs não tocam no assunto e as duas envolvidas ocupam seu tempo nos telejornais enquanto a morte de inocentes perde a importância ou então os rounds lastimáveis do Congresso ficam pra depois das 23h.

É omissão das demais ou descumprimento ético das envolvidas?

Aquela comunidade do Orkut “Eu odeio a TV aberta” nunca me deixou mentir.
Sobre processos investigatórios atualizados, que provam quem está errado e quem não está, não posso falar aqui, seria apenas mais uma fofoca blogueira. Eu passo!

Veja este vídeo da campanha publicitária de incentivo ao turismo na Colômbia.





Em meio ao tiroteio, quem tem conteúdo e beleza real, se garante.
Eu só não vou pra lá porque a TV me deixou burra, muito burra demais (e talvez eu optasse pelos Estados Unidos do Obama).

Que bonito é...



Neste mês de setembro, após muito tempo, visitei uma exposição de telas.
O tema é a França e o talento é de Brandaly Tomasetto.
As peças nos chamam atenção não somente pela beleza mas, pela particularidade do estilo da artista.




Pronto
Agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real
Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida traz.
Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por pazMuito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais
Chega!
Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem
Pra ninguém poder nos comparar
Porque
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar
Porque muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero...
...veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor
Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior
E muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais
Pouco eu não quero mais.
Pouco eu não quero mais.

Composição de Moska, por Maria Rita.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Subjetividades da morte

Na vida, se morre por inúmeras causas, das mais tristes às mais bizarras.
Mas e por que nós nascemos?
Se tivéssemos uma noção mais clara do porquê viemos a este mundo, levaríamos uma vida cheia de qualidade e a responsabilidade sobre outro se tornaria um prazer.

Antigamente as pessoas morriam e nada se contestava sobre as causas daquilo, que vida a pessoa levava, se ela foi agente causador ou se sofreu pressões até o último fôlego.

Com o advento da liberdade de expressão, do ensino e das relações mais abertas, falar sobre as doenças na (e da) sociedade, tornou-se um farol de salvação, num mar cheio de ondas que trazem e levam informações de toda parte.

E é justamente esse mar de informações que nos desorienta. São as exigências sociais, o sucesso profissional, o carro, o celular, a roupa da moda. Tudo isso é obrigação para quem não quer passar cativeiro do abandono.

Me parece que os que buscam muito dinheiro, o querem para comprar outras coisas. Não é o dinheiro pelo dinheiro, senão, quem ganharia o guardaria, correto?
As pessoas correm atrás do dinheiro freneticamente para comprar atenção, carinho, admiração, afeto! A sociologia explicaria bem melhor a passagem dessa fanfarra na história que aliás, ainda está tocando lá fora, nas nossas janelas.

Aí quando menos se espera, surge um sociopata na família e a igreja do bairro apresenta a solução em suaves prestações.
O sociopata castiga o outro impiedosamente por sua própria incapacidade de ser feliz.
Esse castigo é uma tortura que nos mata dia-a-dia. Mata nossa fé no ser humano, a esperança na vida, a beleza da delicadeza, as verdades de ser honesto, humilde e verdadeiro.
Assim, morremos aos poucos e matamos aos poucos.
Afinal, já disse o Dalai Lama: “Os homens vivem como se não fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido”.

Choquei!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

sábado, 12 de setembro de 2009

Carta à vigilância sanitária

É descarada a forma como o empregador no Brasil, transforma seus funcionários em escravos contemporâneos. Uns alegam que os baixos salários e falta de comprometimento com todas as leis trabalhistas é fruto da grande concorrência entre profissionais e altos tributos do governo.
Na minha ingênua ignorância, enxergo antes de tudo, empresários correndo loucamente atrás de lucros cada vez maiores e pra isso, é preciso tirar de alguém.
Um leitinho a menos, um pãozinho a menos, não vai matar ninguém né?
Pior é que não mata mesmo! O que mata é: nós, enquanto empregados, aceitarmos tudo de cabeça baixa.
Se o patrão paga mal, é porque aceitamos. E caso nós agíssemos diferente, pra ele, a princípio, a diferença seria mínima, pois lá fora, tem uma fila gigantesca de pessoas despreparadas emocionalmente (e profissionalmente na maioria das vezes) diante da própria aflição em arrumar um emprego.
Nesse mundo ninguém precisa se conformar com as coisas, basta ter a coragem pra mudar. Toda mudança que esperamos começa em nós, engatinhando, amadurecendo a idéia de que vale a pena dar o primeiro passo em direção do desconhecido, mas que, com certeza é mais prazeroso que o medo que nos conforma.
A responsabilidade de uma empresa não está em dar bonificações, fazer festinhas de fim de ano, dar um tapinha nas costas do funcionário iludido que sobrepõe sua obrigação.
Hoje, eu me dei conta de que são poucas as empresas que tratam seus funcionários como seres humanos, cheios de particularidades e momentos. Uma boa empresa nem sempre é aquela que supera as metas estabelecidas. Um bom lugar pra se trabalhar, é aquele onde sou chamada pelo meu nome quando estou bem ou quando estou mal.
É hora de parar de culpar o capitalismo que não passa de um fenômeno cultural aceito pela sociedade, pela SO-CI-E-DA-DE. Tudo é livre arbítrio.

Um plantador de alface é mais feliz que eu.
Isso porque eu estudei, ele não.
Eu li dezenas de livros, ele não.
Eu aprendi línguas diferentes, ele não.
Eu faço cálculos estratosféricos, ele não.
Mas ele teve coragem de ser feliz e eu, eu decidi plantar aqui, minha primeira sementinha...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Véspera de ano novo

É engraçado como alguns sentimentos surgem em nós.
Não sei se com você acontece isso mas, comigo é fatal: todos os anos, na véspera de ano novo, eu entro em depressão.
Sei que é estranho. Enquanto a maioria das pessoas estão correndo atrás de suas leitoas e trajes típicos de Umbanda, eu me sinto o cocô do Louro José.
Eu sempre quis ser mais feliz, aparentar euforia, aquela vibração que atrai e reluz, mas confesso que nunca cheguei a me convencer de como fazer isso.
O ano novo sempre vem carregado de renovações, expectativas, novidades e medos! Medo do fracasso! De não conseguir realizar ao menos metade dos nossos projetos deixados na folhinha da agenda, já toda rabiscada.
Ao fim do ano, é estranho como nos obrigam a deixar pra trás aquele castelinho que demoramos mais de 350 dias para construir, para nos conscientizar de que aquilo era bom pra gente e, no fim das contas, sem dó, ele precisará ser demolido para que o processo de busca comece novamente.
Eu luto contra essa destruição porque eu sei que vou sentir saudades de tudo aquilo que já mora em mim, de tudo que eu levei tempos para conhecer do meu jeito, devagar e pra sempre.
Eu sei o quanto amo minhas coisas, o quanto o frasco de certo perfume se encaixa perfeitamente na aspereza do meu dia-a-dia ou então o quanto aquele braço pertence ao céu da minha noite.
Não quero deixar nada pra trás sem que eu seja realmente obrigada. Não quero começar o primeiro dia do ano com a indigestão de uma noite mal comida, mal dormida, mal bebida, mal vivida.
Eu não preciso deixar pra trás coisas que não me pesam, que não me incomodam constantemente, porque até o que me incomoda vez em quando é bom ter ao lado. É como uma bússola para localizar nosso lugar no mundo: devemos estar para servir e em tudo, amar!
Até o que dá errado não precisamos deixar pra trás, desde que não nos pese demais. Nossa missão é caminhar e carregar conosco tudo e todos que quiserem se achegar e, são muitos, sinceros ou não. Mas até esses equivocados, nos trazem um tijolinho que seja, do que virou aquele castelão.
No fim das contas, quem passou por ali sabe da sua importância pra mim, pra si e pro mundo, esse mesmo mundo cruel de homenagens póstumas.
E quer saber mais? Eu me apaixono mas não aprisiono, mas também não os jogo fora, não dispenso como quem diz: ah ta, deixa aí! Eu quero pra mim toda essa felicidade que me cabe e não quero dividi-la com os egoísmos do mundo, os preconceitos, as convenções, muito menos com os ordinários e ordinárias!
Acho que precisamos olhar os maldosos com piedade e não com indiferença. Deixar pra trás não é bom, pois nem sempre quem sai na frente chega primeiro.
Como é difícil encarar um novo período, um ano, uma década ou uma bicicleta nova. Existe uma paixão pregressa, um amor envolvidos que nos tornam saudosos, quase bucólicos e neuróticos. Hoje em dia, a neurose é quase inevitável. Evite as pessoas e evite as neuroses.
Acho que somente a mudança das estações não me causa duras surpresas, talvez por serem delicadas, suaves e justamente necessárias para mim e para todos.
Essa festa de ano novo nem deveria existir, teríamos menos balas perdidas em Copacabana, menos mortes nas estradas, menos brigas em família, menos promessas mal cumpridas.
No dia 31 de dezembro, cada um deveria sentar em sua varanda, ao lado da pessoa amada, sentindo seu cheiro como se fosse a primeira vez e percebesse que depois dessa descoberta, tudo pôde ser deixado pra depois.
Pra quem aprendeu a odiar o que viveu, feliz ano novo. Novo mesmo.

Um dia, disse minha mãe: conhecimento é algo que ninguém nunca tomará de você.
Eu aprendi a amar.