sexta-feira, 22 de abril de 2011

Somos todos inadequados

Eu jamais conseguiria escrever um texto por dia, aqui pro blog. Primeiro porque o cunho não é jornalístico e segundo, porque não tenho tempo. Preciso de tempo pra não usar de sinceridade verdadeira demais. Aquela que “pá”! Vem e pronto.
A gente fala que as pessoas usam de pouca sinceridade hoje em dia, mas, eu contesto essa afirmação. Uma afirmação de sinceridade hoje em dia, é a resposta que as pessoas dão ao estresse que sentem. A pressão constante revela a sinceridade genuína, fisiológica do ser humano.
A resposta ao estresse (uma espécie de sujeito oculto) é direcionada a outros sujeitos (não ocultos) que talvez nem façam parte da história. Sabe aquelas coisas de “o marido chega em casa, louco e bate nos filhos”? É quase isso.
Mas se a gente sai dessa esfera sociológica e passa ao campo espiritual, enxergamos tudo de um jeito diferente ou pelo menos essa é a proposta. O não julgar o erro do outro, a grosseria do outro, e perdoar, é um ato em favor de si mesmo, conforme todo mundo já ouviu falar. Isso se dá porque talvez sejamos agentes indiretos ou até super indiretos dentro do incompreensível caos de alguém. Mas se passasse um filme da nossa vida, você poderia perceber que de alguma forma participou de um momento que contribuiu para agravar o estresse dessa pessoa, há uma semana, um mês ou um ano atrás e por isso, hoje você passa pelo mesmo fardo, para compreender a dor do outro. Aí mora o erro em julgar o vizinho, enquanto poderíamos encarar a dor como aprendizado e perdoar a falha alheia. Mas aí os pragmáticos falam: cadê o existencialismo? Quer dizer que eu bato na cara de alguém mas quem leva a culpa é outro?
Não. Não vejo assim. Vejo que, quem não toma a situação difícil como aprendizado, só dá continuidade ao ciclo de sofrimento. É preciso pagar o mal, com o bem. Parece absurdo? Pra alguns sim mas, também faz sentido, não há como negar. É um pensamento até que lógico.
Quem já teve experiências mais próximas com Deus, em se permitir tentar viver essa relação de insistir em amar sinceramente, apesar de tudo, como diria Carpinejar, consegue entender com mais clareza essa paga que o amor fiel pode oferecer.
Eu, Alessandra, só queria pedir uma coisa: não pensem por favor, que este é um texto com bases sob qualquer religião, pois não é. Eu escrevi este texto pois estamos na semana da Páscoa e também, porque na semana passada descobri que alguns perfis do Facebook “não estão pra amizade, é só pra curtir”. Achei a expressão inadequada, como bem me disse um crente fanático que via crianças dançando uma música boba e em seu íntimo rogava uma praga na Ivete Sangalo.
Se eu fosse escrever, passar pra frente tudo que me acontece, muitos “vai tomar no cu” já teriam pesado por aqui e isso, sinceramente, isso sim é inadequado.

Uma provocação aos estressados estúpidos, aos crentes fanáticos e aos que nada tem a ver com isso ou pensam que não tem. 

domingo, 17 de abril de 2011

Cultura não é o que dizem por aí

"Cultura é tudo aquilo de que a gente se lembra após ter esquecido o que leu. Revela-se no modo de falar, de sentar-se, de comer, de ler um texto, de olhar o mundo. É uma atitude que se aperfeiçoa no contato com a arte. Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica seu olhar" 


sábio... José Paulo Paes







Cultura não é o que dizem por aí

"Cultura é tudo aquilo de que a gente se lembra após ter esquecido o que leu. Revela-se no modo de falar, de sentar-se, de comer, de ler um texto, de olhar o mundo. É uma atitude que se aperfeiçoa no contato com a arte. Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica seu olhar" 


sábio... José Paulo Paes







terça-feira, 12 de abril de 2011

Quem não ajuda, atrapalha

Pra mim, há muito tempo não existem novas referências artísticas, novos nomes, personagens do mundo que deixariam legados.
Na escola conhecemos pintores, músicos, escritores, personagens da história que marcaram suas épocas porque eram bons no que faziam e mais, agregavam significados ao trabalho ou simples modo de vida.
Hoje não temos mais referências artísticas de nada, sobre nada. É deprimente.
Somos meros joguetes da cultura de massa e fim?
Na verdade da verdade, essa imagem distorcida e quase ofensiva à obra de Da Vinci, cairá bem na sala da minha casa.


O consumo pelo individualismo é o foco na sociedade atormentada, turbulenta, que se debate por não saber o que quer, nem de longe, nem de perto.
E a Monalisa, tornou-se apenas Mona - se pá, já tem o funk da Mona.
Se a criação dos meus filhos (quem sabe?!) se basear na biografia do Steve Jobs... enfim... deixa pra lá!