quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ciranda da bailarina

Este é um dos textos mais bonitos e singelos que já li.
Mariana... peguei emprestado. A vantagem é que muita gente além de mim vai te agradecer.

Uma exposição de fotos nesse final de semana me fez relembrar uma lição que recebi do meu pai (mais uma). Na exposição em questão, existia um projeto onde uma pessoa contava algo representativo sobre sua infância. Pensei em várias situações, mas uma em especial que eu sempre carrego, decidi transformar em post.

Quando eu era pequena, fazia ballet clássico. Comecei com um colant rosa e fui me dando bem. Passei para as tão desejadas sapatilhas de ponta, já dava piruetas duplas :) em pouco tempo, minha professora super rigorosa, foi me passando para os estágios superiores, até que eu fui parar num nível super avançado. As meninas eram lindas, magérrimas, alongadíssimas, recebiam aulas dos melhores professores do Teatro Guaíra de Curitiba e executavam com perfeição clássicos de repertório como Dom Quixote, Coppelia, Paquita entre outros. Eu tinha então um empasse, poderia me manter num nível abaixo ou então participar daquelas aulas de 7 horas/dia. Era pra ser um sonho, mas tanta perfeição me fez olhar pra mim, um ser nem lindo e muito menos magérrimo (!) eu nunca fui das mais alongadas e só dava piruetas duplas, enquanto elas ensaiavam fuetes. Tudo isso me fez sentir péssima, diminuída e frustrada.

Em meio a um dos meus regimes, meu pai, provavelmente bem preocupado com a minha integridade física e mental, me fez pensar sobre meus valores. Disse que eu deveria optar por ser a melhor bailarina entre as inferiores ou então a pior entre as melhores. A primeira opção enxeria meu ego e me faria vaidosa, a segunda me faria crescer e evoluir porque eu teria sempre o que aprender.

Continuo sempre tentando optar por ser a pior bailarina :) 

Fonte: www.meiointeiro.blogspot.com

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dúvida cruel

                
    Se você nasceu na década de oitenta ou antes disso, sabe quanto é bom o gosto da liberdade depois de ouvir tantos “nãos” durante a infância e adolescência - época que os pais tentavam educar os filhos com um pouco de disciplina.
                Se você é mais jovem, nascido na década de noventa, tem a liberdade como algo corriqueiro onde nenhum sentido faz, seguir um movimento contrário a sua vontade, mesmo que seja para um bem comum.
                Esses dois grupos são considerados os mais importantes na luta pela preservação da flora e fauna do planeta. Duas gerações que hoje, tem o poder de dizer sim ou não sobre essas mudanças que precisam acontecer.
                Tudo é muito simples: estamos exaurindo o planeta de todas as formas e isso é incabível diante de muitos aspectos. Muitos se negam a economizar água, mas não se dão conta de que o jeans que vestem vem do algodão, da terra e precisa de litros de água para ser produzido.
                Outros não conseguem entender que não precisamos consumir tanta carne bovina e outras carnes exóticas que beiram o termo silvestre. E que muito menos precisamos vestir a pele de alguns animais para nos fazer melhores.
                Precisamos escolher melhor nossos cosméticos, optar por empresas responsáveis que privam animais de experiências cruéis e que não utilizam os mesmos para extrair substâncias peculiares, tão comuns em perfumes importados.
                Eu sei que talvez você nem esteja vivo pra ver o colapso do planeta e de tudo que nele existe (e coexiste). Mas é preciso saber que qualquer esforço nosso, é muito pouco (mas válido) diante de tudo que a natureza nos oferece e mesmo assim poucos abrem mão das pequenas vaidades. É preciso enxergar os sinais da natureza, os pedidos de respeito às plantas, aos animais, aos recursos renováveis e não renováveis.
                Ouvir sobre esse assunto tão mascado e sem grandes apelos comerciais é chatíssimo. É como querer entusiasmar alguém através do amor que o outro sente.
                Sei lá, pense um pouco sobre isso, mude o foco, o mundo não é você, mas é seu sim ou seu não. Em resumo, você é muito mais importante do que julga ser.


sábado, 2 de julho de 2011

Sem vaidade. Um texto mal escrito.

Essa vida nos oferece coisas e coisas pra nos diferenciar uns dos outros. Partindo das mais básicas, você pode usar um perfume envolvente, uma roupa cheia de estilo, ter um super car ou mais complexo... ser um puta profissional (vale na ordem contrária também).       
E tudo isso funciona viu!? Se você quer ser notado, além do resto da manada.
Tá! Mas aí eu pensei (na minha inconsciência religiosa) que quando morrermos nada disso terá valor, porque essas coisas não existem no ceu pra comprar, nem ONG pra nos doar nos momentos de miséria afetiva. E aí? Como a gente vai se diferenciar lá em cima? Ter privilégios e afins?
Como diz minha mãe: “Aí fudeu!”. No sentido literal, porque o figurado também não existe no céu.
Veja bem, isso não vai contra os princípios do capitalismo ou a favor da efervescência de regimes mais igualitários, se é que isso existe na realidade. É um convite ao exercício do equilíbrio. Isso é tão difícil, mas tão difícil.
Difícil de exercer na vida pessoal e até no trabalho, talvez principalmente no trabalho, porque a publicidade ainda é um lobo mau (é! sou publicitária) que está apenas começando a entrar em crise existencial. Rimou, mas não é música.
Enfim... continua no próximo capítulo. Daqui ou daí ou de lá.