domingo, 27 de novembro de 2011

Também é importante que não amemos


Quando a gente sai na noite, vai prum bar, encontramos tudo quanto é tipo de figura. Mas independente do estilo, existe uma constante: as mulheres sempre precisam estar lyndas e phynas enquanto seus namorados, nem sempre cumprem o mínimo requisito de apresentação social.
            O que isso significa?
            Aquele velho machismo continua aí, firme e forte.
            Mesmo com essa independência feminina que tirou a mulher da submissão de séculos e séculos amém, parece que elas ainda precisam utilizar os mesmos artifícios de femme fatale para não ficar sem um homem.
            Antigamente as mulheres eram treinadas para ser ultra femininas, porque esse era o papel dela: agradar o homem e fim. Hoje, elas se esforçam pra simplesmente serem olhadas na multidão de progesterona e estrogênio envolvida na saga “em busca da rara testosterona”.
            Parece-me que no fundo as mulheres estão mudando mais por imposição da vida que, qualquer outra vontade revolucionária. Por exemplo: é possível que as mulheres tenham assumido papeis mais firmes e de liderança em suas famílias ou círculos sociais, porque os homens abriram mão dos próprios papeis.
            Fora o trágico, dos maridos que abandonam famílias, um exemplo clássico é quando um homem sai com uma mulher e não faz a mínima questão de pagar a conta. Ou ele racha ou não paga nada! Tem muito, muito homem assim.
            Os homens estão cada vez mais cafajestes e as mulheres cada vez mais confusas sobre aceitar ou não essa situação.  
            Pra esses momentos tenho comigo uma frase interessantíssima de Fernando Pessoa:


Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).


Afinal, o que é o ato de amar? 
Uma história que ainda não contaram o fim e por isso muitos não entendem, mas tentam, repetem, buscam, imaginam, esperam?
Polêeeeemicaaaa...


domingo, 20 de novembro de 2011

Quem vai pagar?

                É lindo perceber que os movimentos sociais estão ganhando força no Brasil.
                Antes as pessoas viam os descaminhos do poder público e faziam nada! Salvo aquele episódio dos caras pintadas.
                Recentemente surgiu na internet um vídeo pedindo que as pessoas repensassem sobre a construção de Belo Monte, sobre seus danos ao ecossistema.






                Até agora a mobilização tem sido interessante, volumosa até!
                Dessas questões que provocam questionamento e às vezes indignação, surgiu o terceiro setor. Essa camada engloba ONGs, projetos sócio-educativos, comunitários, envolvendo várias áreas de atuação, em várias camadas sociais, principalmente as mais carentes, porque de fato são as mais atingidas hoje ou futuramente.
                Só que ao mesmo tempo que vemos beleza nessas atitudes tão humanas, não podemos descuidar do mínimo respeito que os políticos nos devem. Afinal, tudo que fazem, fazem graças ao nosso dinheiro.
                Há muito que não acredito em revoluções através da máquina pública. Acredito muito em iniciativa privada. Mas o que me dá medo, é que tudo vire o poder pelo poder, porque hoje em dia, marcas movem o mundo, não só a economia. Marcas transformam culturas inteiras.
                Mas além dessas empresas, existem ainda os “entusiastas autônomos”, que realmente fazem porque gostam.




                Num país de corruptos e folgados, parece interessante pro governo, incentivar empresas a serem mais ativas socialmente através de abatimentos fiscais. O que não é interessante é pensar que pagamos duas vezes para ter meio benefício. Pra onde vai o dinheiro dos nossos impostos?
                A gente tem que aprender a bater palmas com olhos abertos, na mesma medida que político tem que aprender a assoviar e chupar cana.     

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mano velho

Eu estava pensando sobre a fragilidade da vida. Dos laços que criamos e que se desfazem com o tempo ou qualquer outro motivo aterrador – ou nem tanto.
Tem dois pontos interessantes que vivem atrelados a isso: de um lado os que tão nem aí pro fim das coisas. Do outro, os que sofrem até a última gota de sangue.
Um artigo do Walcyr Carrasco falava sobre os amores descartáveis – mas aqui falo de todas as relações.
Começa fácil e termina fácil. Tem todo aquele lance da cultura do descartável estendida aos sentimentos.
Pela fresta da janela, tem as pessoas que sofrem quando um relacionamento termina.
Aí é extremamente particular, não existe o comportamento da massa, existe a história de vida de cada um.
Tem gente que sofre porque estava acostumado a uma zona de conforto ou por possessividade ou ainda, por cicatrizes da infância ou simplesmente do passado, como a sensação de abandono revivida em carne viva.
Vem da sabedoria esse negócio de aceitar o fim das coisas. Não tem nada a ver com inteligência, amor próprio ou senso de justiça. Vai além. Muito além, onde os olhos não enxergam.
Se pra tudo existe um ciclo que culmina na morte ou na mudança, é relevante pelo menos tentar passar por essas rupturas com paciência. Sempre vi no tempo um mistério fantástico de cura e aprendizado.
Pena que por muitas dores que passei, apenas me preocupava em caminhar por aí entristecida com a vida sem perceber que com o tempo as sementes viravam árvores, que viravam flores, que viravam frutos, que no fim, viravam nada novamente.


Tempo, tempo,
Mano velho,
Falta um tanto ainda,
Eu sei,
Pra você correr macio.

Mas que corre, corre!