segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O dom de ser humano

Quanto à minha personalidade, muitas coisas ainda me causam espanto e indignação.

Tenho medo de um dia acreditar que tudo de ruim é normal, consequência ou providência. Contra isso, eu cuido de mim. Porque na vida é assim: nós, contra nós mesmos. Contra nossos medos, vaidades e falta de auto-estima que escala a benevolência dos outros para não morrer afogada na própria lama.

Meu carnaval não está sendo de festa, de feriados prolongados (estou trabalhando), de cachaça e muito menos mal estar, aliás, acho que minha pulsão de vida está voltando, lenta, vagarosa e consciente de cada passo, como as grandes verdades emocionais (e não absolutas) que se instalam seguramente.

Eu ainda não cheguei aos 30 para aderir às crises típicas da idade mas, talvez seja uma premissa ou ainda prefiro acreditar que seja uma avant-première, onde poucos verão o que temos de melhor e de pior pra então, depois, abrirmos as cortinas e o espetáculo começar pra ficar em cartaz durante anos ou pelo menos, uma inesquecível primavera.
 

Nenhum comentário: