Toda cultura de massa esconde
um perigo que é a supervalorização “de”.
Por
toda parte os povos são formados por culturas e contraculturas, que é o desenho
saudável da coisa.
Os
hábitos culturais se formam naturalmente com o tempo ou pela repetição
sucessiva proposital do que se quer valorizar.
- Nós temos exemplos atuais na música brasileira: por
pior que seja a dupla sertaneja, a mídia transforma aquilo no maior espetáculo
da face da terra, sem cessar;
- Retomando a história: o Nazismo se utilizou da
repetição de mentiras e mentiras para transformar em cultura uma ideia bizarra.
Quanto
mais frágil a contracultura ou a criticidade das pessoas (capacidade de análise
por vários ângulos), mais frágeis as sociedades.
Um exemplo de menores proporções de como isso pode ser
devastador, é o Facebook.
Existe
um fenômeno que podemos apelidar de “webnotização”. Antes o Facebook era uma
rede de relacionamentos e troca de informações até que relevantes. Hoje, aquilo
tá virando um negócio bestial, onde os conteúdos mais irrelevantes da face da
terra são compartilhados, como numa corrente que só aumenta. Hipnotizadas, as
pessoas vão passando aquilo pra frente, repetidamente, trazendo pra si o sentimento de pertencer.
O
mais importante é entender que precisamos ser sempre a favor de todas as
culturas, inclusive da contracultura. Pois só assim, vivemos o bom da cultura
de massa e devolvemos a parte ruim e não nos tornamos vítimas da indústria
cultural.
Também
por isso a filosofia prega que a liberdade é o bem mais precioso que pode
existir e o mais árduo a se conquistar.