terça-feira, 2 de março de 2010

Enquanto o call center do céu bombava...

Hoje eu não quero falar de política, nem mercado publicitário, nem catástrofes da natureza, nem de entretenimento, filosofia, nem bizarrices das subcelebridades, nem bem, nem mal.
Hoje estou off, tô out.
Ontem passei por uma situação que me fez pesar meus "ditos" problemas.
Um roubo aconteceu na minha frente. Não comigo mas, poderia ter sido. Sem violência mas, poderia ter tido.
Eu consegui ajudar a vítima tomando todas as decisões práticas, legais e cabíveis enquanto a pobre moça que teve a moto roubada, se desesperava como uma criança cujo doce, caiu na areia por culpa de um pestinha.
Naquele momento, senti que a familiaridade da violência no dia-a-dia passa por uma espécie de negação dentro de mim. É como se fosse um novo autismo ou crença no corpo fechado. Agindo e pensando assim, ainda sei que autistas sofrem com a violência e baianos também.
Poucas vezes na minha vida, senti tanta vergonha por algo que não fiz ou talvez, saibamos no fundinho que cada um de nós tem uma - mísera - parcela de culpa nessa contra-história de príncipes e cinderelas.
Enquanto respirarmos pra (apenas) comprar carros de luxo, sempre vai ter alguém pra roubar.
Pergunta: A maldade começa em que ponta?
Resposta: No futuro, uma tábua de salvação.

"Não senhora, seu aparelho não era 220V, era 110V"

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