terça-feira, 14 de setembro de 2010

Preencha esta lacuna

Uma amiga me contou uma historinha, mais ou menos assim:

            Em dúvida sobre o que fazer, o menino permanecia em cima do muro.
            De um lado do muro estava a galera de Deus. Do outro, a gangue do Capeta.
            Sem parar, Deus e seus amigos pediam pro rapaz pular, ir pro lado deles, enquanto a outra turma permanecia no mais absoluto silêncio.
            O rapaz ficou intrigado com aquele conformismo do senhor Capeta e perguntou:
            _ Por que você não tenta me convencer a pular pro seu lado?
            Capeta: _ Porque o muro é meu.

             Uma história breve e clara que nos convida a falar sobre a importância em determinar prioridades.
            Pra mim isso soou importante porque estou num momento de conexão com “coisas” maiores do que eu. Coisas que estão anos luz da minha pífia mania de achar que sei alguma porcaria. Por isso volto aqui pra falar com todos vocês, porque não falo da minha vida, falo da existência, igual pra todos, no doce e no amargo.
            Permanecer no muro é sinal que algo prazeroso ainda te prende lá.
            Se alguém te insultar é certeza que você descerá com a mão fechada, sem pensar, não é? (risos).
            O medo de colocar os pés no chão alimenta a desilusão do amanhã, porque insistimos em querer o que não é nosso ou esperar respostas de quem ainda não tem pra dar. Muitos de nós estamos em cima do muro, eu, muitas vezes. Nos acompanhamos sem nos acompanhar. Estranho né? O que nos aproxima no muro é medo e onde há medo, parece que não pode existir amor.
            Que prolixo! (risos)
            Isso está virando uma quase heresia. Calma! Me dá sua mão. No três a gente pula.

2 comentários:

Helio Tadeu Moscatelli disse...

Estou te sentindo mais espiritual. E passo pra te dizer que adorei. Se eu fizer uma ilustração vc posta? Abraço querida.

CristalHui disse...

Quando ouvi essa história (do Sr. David) vi que algo em ser imparcial não era legal. O que não implica sair por ai agindo sem pensar. Realmente, trata-se de um equilibrio, quase impossivel... quase :) é um exercício eterno (tipo tudo).