sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Devaneios e outros desnecessários

A futilidade está por todos os lados - envolvente.
            No lugar que a gente vive, onde o ter é mais importante que o ser, essa rotina passa desapercebida. A futilidade tornou-se amiga, também... a futilidade é charmosa, conquistadora, não deixa o dia-a-dia cair na rotina.
            É bom um pouquinho de futilidade às vezes. É como passear no parque e comer 3 algodões doces enquanto 1 bastaria. É um pedacinho de pecado que pode (e deveria) no máximo, prejudicar a nós mesmos.
            A futilidade parece um subproduto da pressa.
            Se você se contenta apenas com sexo vazio, é porque não tem tempo pro amor.
            Se minha amiga é viciada em compras, é porque não tem tempo pra observar mais a fundo as verdadeiras carências. E na sinceridade... olhando isso tudo, parece gostoso ser fútil. Sem grandes preocupações, a não ser o próximo IPhone 5 (de onde tirar o dinheiro?).
            É gostoso ser fútil sim! Eu assisto ao Big Brother e sinto isso.
            A prática da futilidade é o descompromisso total com a cartilha da vida.
Futilidade também é liberdade.
É o ir e vir fora da agenda.
É o amante.
É a cachaça na segunda-feira.
É o exagero.
É o desespero.
A futilidade é doce. É calmante. É louca. É imprevisível.
É todos nós do avesso. Onde tudo começa e tudo termina.

Um comentário:

The Sole Survivor disse...

Não nego: sou fútil até onde não beira o ridículo.