segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cultura de massa: #SuaFeia

Comprar, comprar, comprar!
Ir até a loja e substituir um produto usado por um novo é muito fácil. Mas o que é feito do produto semi-novo?
Como as condições de pagamento e crédito estão facilitados, os produtos usados perdem valor de forma absurda e viram sucata encostada, doada ou vendida a troco de banana (perto do que foi pago na primeira vez). Isso vale pra todo tipo de bem, até mesmo os mais duráveis, como carros, computadores.
As pessoas estão perdendo muito dinheiro pelo que estão ganhando.
O Brasil tá nos primeiros estágios que já viveu a economia americana. Aquela coisa louca do cliente tirar um carro zero na concessionária e deixar o carro antigo à beira da estrada, doado à sorte de um desafortunado. Esta é aquela fase do consumo desvairado, do descartável sem culpa, só que... nossa renda percapita não sustenta esse padrão cultural e isso significa uma das milhares de coisas que gritam por aí:
- num médio prazo, a maioria dos consumidores associará marcas, produtos e serviços a sentimentos negativos.
Essa percepção de perda de dinheiro pode ser confirmada pelo surgimento dos sites de Consumo Colaborativo. As pessoas veem que é possível conseguir um produto de forma permanente ou simplesmente alugado pagando muito pouco ou nada, apenas fazendo trocas.
O “colaborativo” desse termo também traz um pouco da questão da sustentabilidade e do consumo mais inteligente e menos agressivo, embora eu (por experiência no mercado) acredite que esse hábito será forte daqui uns dois anos. Por enquanto, as pessoas querem apenas poder pagar as suas contas e se divertir um pouco além da cerveja no boteco.
Se eu tivesse uma marca, criaria um posicionamento diferente: instruiria meus clientes a conservar seus produtos, valorizando mais seu dinheiro e levando bem-estar pela aplicação dele em outras áreas da vida, além da mensagem de que a qualidade presente no produto não merece ser descartada.
Parece fácil, mas também não é! É preciso ter um motor afinado, que vai desde a inovadora engenharia de produtos, updates tecnológicos constantes e um marketing de relacionamento fantástico.
Alguém aqui me perguntou: e as metas de venda? Onde ficam?
Eu não pensei nisso ainda, mas vender, qualquer coisa vende, basta ter um bom vendedor e estar nos canais certos. Eu só me preocupei com uma coisa: como tirar da cabeça das pessoas que Luan Santana é música boa. Isso feito, meio caminho andado.
Fui!

Um comentário:

Karina Cividanes Izzo disse...

Realmente, Luan Santana é pra acabar...rs. Aliás, isso é uma das coisas que não entra na minha cabeça: porque os veículos de comunicação não incentivam mais a exposição de artistas que tem conteúdo? Porque existe um comentário genérico de que não tem bons cantores e compositores nos dias de hoje. E não é verdade. Tem muita gente boa por aí, só que essa nova geração é preguiçosa e não se liga nas novidades úteis de fato. Ou eles acham que Os Mutantes ou os Secos e Molhados tinham website para se propagarem?