sábado, 12 de setembro de 2009

Carta à vigilância sanitária

É descarada a forma como o empregador no Brasil, transforma seus funcionários em escravos contemporâneos. Uns alegam que os baixos salários e falta de comprometimento com todas as leis trabalhistas é fruto da grande concorrência entre profissionais e altos tributos do governo.
Na minha ingênua ignorância, enxergo antes de tudo, empresários correndo loucamente atrás de lucros cada vez maiores e pra isso, é preciso tirar de alguém.
Um leitinho a menos, um pãozinho a menos, não vai matar ninguém né?
Pior é que não mata mesmo! O que mata é: nós, enquanto empregados, aceitarmos tudo de cabeça baixa.
Se o patrão paga mal, é porque aceitamos. E caso nós agíssemos diferente, pra ele, a princípio, a diferença seria mínima, pois lá fora, tem uma fila gigantesca de pessoas despreparadas emocionalmente (e profissionalmente na maioria das vezes) diante da própria aflição em arrumar um emprego.
Nesse mundo ninguém precisa se conformar com as coisas, basta ter a coragem pra mudar. Toda mudança que esperamos começa em nós, engatinhando, amadurecendo a idéia de que vale a pena dar o primeiro passo em direção do desconhecido, mas que, com certeza é mais prazeroso que o medo que nos conforma.
A responsabilidade de uma empresa não está em dar bonificações, fazer festinhas de fim de ano, dar um tapinha nas costas do funcionário iludido que sobrepõe sua obrigação.
Hoje, eu me dei conta de que são poucas as empresas que tratam seus funcionários como seres humanos, cheios de particularidades e momentos. Uma boa empresa nem sempre é aquela que supera as metas estabelecidas. Um bom lugar pra se trabalhar, é aquele onde sou chamada pelo meu nome quando estou bem ou quando estou mal.
É hora de parar de culpar o capitalismo que não passa de um fenômeno cultural aceito pela sociedade, pela SO-CI-E-DA-DE. Tudo é livre arbítrio.

Um plantador de alface é mais feliz que eu.
Isso porque eu estudei, ele não.
Eu li dezenas de livros, ele não.
Eu aprendi línguas diferentes, ele não.
Eu faço cálculos estratosféricos, ele não.
Mas ele teve coragem de ser feliz e eu, eu decidi plantar aqui, minha primeira sementinha...

Um comentário:

Helio Tadeu Moscatelli disse...

ADOREI SEU BLOG, E VOU TENTAR CRIAR O HÁBITO DE VIR AQUI MAIS VEZES PARA ME DELICIAR. E SOBRE ESSE TAL CAPITALISMO DE PATRÕES GANANCIOSOS OU SEJA LÁ QUAL FOR A DESORDEM DESSE NOSSO PAÍS, EU TENHO SIM UMA SOLUÇÃO. SE ME ELEGEREM IMPERADOR EU ARRUMO TUDO ISSO NUM PALITO... MAS DO JEITO QUE ESTÁ NÃO DÁ. SÓ UMA PESSOA PODE DECIDIR... VÁRIOS DEPUTADOS, BLA, BLA, BLA, BLA.. NÃO RESOLVEM. TEM QUE SER UMA PESSOA, TEM QUE SER UM REVOLUCINOÁRIO, TEM QUE SER EU. NÃO PENSE QUE ISSO TUDO FOI UMA DIVAGAÇÃO. REFLITA BASTANTE E VOLTAMOS A DISCUTIR. ABRAÇO.