terça-feira, 24 de novembro de 2009

Às minhas colegas de palco

Onde mora sua crueldade?


Não mora?

Então ela se esconde.

Matar focas pode, mas só um pouquinho.

Matar baleias pode, mas só meia dúzia.

Ignorar um indigente pode, mas só enquanto ele não notar seu desvio de olhar.

Dizer grosserias também pode, mas só enquanto o outro não pensar em suicídio real.

Xingar a mãe pode, mas só enquanto você alegar imaturidade aos 30.

Mentir pode, mas só enquanto você justificar necessidades especiais para deficientes emocionais.

Tudo isso pode ser normal (nesse mundo de falsas realidades) como quem confunde exceção com exceSSÃO.

Eu nem sou fã de intelectualidades, aliás, tenho sentido falta é do “simples”, como um: “Oi, tudo bem com você? Senta aqui ao meu lado.”


Maldades são bem mais sutis. Eu aposto com você! Um abraço ou um tapa?

Um comentário:

... disse...

eu penso em dignidade, em respeito, em humanidade... me pergunto até onde vamos? o que nos torna passíveis de transformar os nossos mundos em indiferentes?

será que a maldade é intríseca?