terça-feira, 29 de junho de 2010

1+2=3 ou 1+1+1= 3


Dias atrás, minha irmãzinha fez aniversário. Ela completou 22 anos, mas pra mim, sempre será a irmãzinha.
Eu tenho tantas lembranças boas da minha infância que, justificam esse meu “parar no tempo”.
Por isso acho questionável quando as pessoas dizem que tudo acaba, que nada é pra sempre. Será que nada é eterno mesmo? Por melhor que seja a situação, o sentimento, será que o ruim tem que prevalecer como um choque de realidade(?): “É minha filha... a vida é cruel”.
É óbvio que minha infância também foi marcada por coisas ruins. Aliás, coisas muito ruins das quais me recordo bem. Passei por coisas desagradáveis, fiz outros passarem.
Todo mundo enfrentará um perrengue de vez em quando, estamos iguais em sermos bons ou falhos. Não somos diferentes, nem melhores, nem piores. Existe apenas um detalhe: a forma como “encarnamos” a situação. Isso mesmo! Um quase processo de aprendizado ou revolta, você escolhe.
Mas neste período de escolha entre o sofrer pra sempre ou ser feliz pelo menos um pouco, cabe toda a humanidade de se ter a certeza de estar fraco e a crença de ser forte.
É preciso chorar, conhecer a dor pra saborear a verdadeira felicidade. Ninguém opta por esconder problemas. Assim não vale, isso é coisa de café com leite. Gente que no fim da brincadeira, sente que passou pela vida sem correr os riscos mais intensos e verdadeiros.
Se indigne, chore, sofra, morra, mas, renasça, cresça... assim como minha irmãzinha cresceu, mudou, virou outra pessoa, com mais qualidades e mais defeitos. E se nós insistimos em nos tratar desta forma, a irmã e a irmãzinha, é porque algo no meio do terremoto ficou em pé, intacto, como um milagre.
A mágica da vida pode estar nisso: no improvável, no amor travestido de respeito e vice-versa, porque as coisas mudam, não é mesmo?!

2 comentários:

CristalHui disse...

quer dizer que vc acabou de eternizar o "pra sempre"?!

adorei o texto, levo comigo, todas as conversar e cresço SEMPRE

Ádri disse...

A irmãzinha sou eu? Kkkkkkk
Sabe Áli, os momentos felizes que tivemos em nossa infância, foram infinitamente maiores que os momentos ruins, que aliás eu já nem me lembro mais....Linda....Rss