sexta-feira, 23 de julho de 2010

O exercício das pequenas coisas

Você já prometeu alguma coisa e não cumpriu?
Talvez não lembre, mas quem esperava por ti, não esquece, tenha certeza disso.
A promessa é uma lei que os voláteis se aplicam.
É preciso se autodisciplinar para não deixar coisas fúteis tomar o lugar das mais importantes (que no abismo, sabemos quais são).
Mas e quando a promessa não se cumpre?
A decepção é redobrada!
Se deseja fazer algo por alguém ou por você mesmo(a), apenas diga sim. Se não, diga que não.
Prometer coisas é acorrentar almas a pesos inexistentes.
Ninguém quer promessas, querem apenas, realidades.
O que não nos deixa afastar dessa mania leviana e ingênua de acreditar que somos infalíveis, é o tempo! Tempo esse que não permite paciência, a espera, o aguardo que cada momento exige, pra que encontremos coisas que realmente, prometem mesmo no silêncio, o inacreditável para este mundo de cascas, ocos e ecos.
Esse tempo cruel que nos apressa pra tudo e nos afasta de nós mesmos.
Não prometa algo que não nos cabe. Não instrua alguém a colocar a felicidade em suas mãos. Promessas assim, nunca se cumprem.
Se você quer fazer bem ao outro:
SIM, aceite um passeio no parque.
SIM, aceite assistir um filme bobinho.
SIM, aceite ouvir as mazelas do dia.
SIM, aceite almoçar com a sogra.
SIM, aceite ouvir aquela música (no carro) que você não curte.
SIM, aceite que nem todos pensam como você.
SIM, aceite ajudar no banho do cachorro fedido...

Caso não queira nada disso, diga não. Aceite que todos são únicos e que o outro não pode se realizar em ti, apenas ser uma parte da paisagem.
Tem gente que olha pra uma árvore e vê sombra, vê frutos, vê madeira, vê sujeira, vê pássaros, vê um móvel para sua próxima casa...
Prometer é ser agora, porque o amanhã é responsabilidade da terra fértil. A simplicidade move tudo.



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