segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dúvida cruel

                
    Se você nasceu na década de oitenta ou antes disso, sabe quanto é bom o gosto da liberdade depois de ouvir tantos “nãos” durante a infância e adolescência - época que os pais tentavam educar os filhos com um pouco de disciplina.
                Se você é mais jovem, nascido na década de noventa, tem a liberdade como algo corriqueiro onde nenhum sentido faz, seguir um movimento contrário a sua vontade, mesmo que seja para um bem comum.
                Esses dois grupos são considerados os mais importantes na luta pela preservação da flora e fauna do planeta. Duas gerações que hoje, tem o poder de dizer sim ou não sobre essas mudanças que precisam acontecer.
                Tudo é muito simples: estamos exaurindo o planeta de todas as formas e isso é incabível diante de muitos aspectos. Muitos se negam a economizar água, mas não se dão conta de que o jeans que vestem vem do algodão, da terra e precisa de litros de água para ser produzido.
                Outros não conseguem entender que não precisamos consumir tanta carne bovina e outras carnes exóticas que beiram o termo silvestre. E que muito menos precisamos vestir a pele de alguns animais para nos fazer melhores.
                Precisamos escolher melhor nossos cosméticos, optar por empresas responsáveis que privam animais de experiências cruéis e que não utilizam os mesmos para extrair substâncias peculiares, tão comuns em perfumes importados.
                Eu sei que talvez você nem esteja vivo pra ver o colapso do planeta e de tudo que nele existe (e coexiste). Mas é preciso saber que qualquer esforço nosso, é muito pouco (mas válido) diante de tudo que a natureza nos oferece e mesmo assim poucos abrem mão das pequenas vaidades. É preciso enxergar os sinais da natureza, os pedidos de respeito às plantas, aos animais, aos recursos renováveis e não renováveis.
                Ouvir sobre esse assunto tão mascado e sem grandes apelos comerciais é chatíssimo. É como querer entusiasmar alguém através do amor que o outro sente.
                Sei lá, pense um pouco sobre isso, mude o foco, o mundo não é você, mas é seu sim ou seu não. Em resumo, você é muito mais importante do que julga ser.


Um comentário:

Karina Cividanes Izzo disse...

Isso é igual a histórinha do beija-flor que tenta apagar o incêndio na floresta. Ele é pequenino, mas estava fazendo a parte dele. E todos nós temos que fazer a nossa. Gostei do seu ponto de vista!
Bjos.