quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A dignidade foi parar no lixo?

Olha, não sou de "dar dicas" pros outros porque não sou referência de nada, segundo a sociedade mas, ousarei agora!


Assistam o documentário Lixo Extraordinário.


Talvez você já tenha visto porque é um trabalho do Vik Muniz, lá de 2010. Mas o que chama a atenção é a proposta atemporal, mesmo se tratando de uma história real.


Lixo Extraordinário não expõe com sensacionalismo a vida sofrida do catador de lixo. O documentário RETRATA a riqueza do pobre e a pobreza do "rico".
Aquela gente humilde do aterro de Gramacho/RJ foi posta em contato com a esfera cultural das artes plásticas, da fotografia e confesso que chorei em ver/sentir tanta alegria pulsando naqueles quadros, naquelas imagens nascidas do lixo, do inutilizável (pra tanta gente).




Depois desta experiência alguns voltaram pro lixão, outros não.


O desprezo da sociedade por esses catadores fez com que pensassem no lixo como o fim, não o começo ou o meio.
Esse classismo aristocrático do brasileiro é o nome mais bonito da síndrome de vira-lata.
Já deu tempo de todo mundo fazer terapia e se livrar do trauma da colonização portuguesa, de parar de achar que comprar um carro pelo dobro do preço real te faz melhor na pirâmide social mesmo sendo burro(a).


Se nós tivéssemos metade da energia boa daqueles catadores, exigiríamos mais de quem nos deve e tiraríamos menos de quem não tem.


Alô polícia!? Polícia pode viiiir! (Coooorre negada de Brasília)

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