terça-feira, 20 de abril de 2010

Um sopro do espírito


Todos os dias eu me levanto, tomo meu café e vou caminhando para o trabalho.
Escuto minhas músicas prediletas para começar bem o dia e camuflar a paisagem histérica do trânsito.
Segundo a astrologia, eu e a rotina somo co-irmãs mas, tem dia que irmãos brigam e brigam feio!
Ontem foi um dia desses. Acordei como quem diz "não, obrigada". Mas como a vida é uma caixinha de surpresas rs... voltando pra casa, senti o vento, o clima, estava tudo tão gostoso, tão ameno, suave, que por longos instantes, esqueci da vida aqui dentro.
Nesta mesma tarde, pouco antes, conheci uma família linda, onde pais e filhos se respeitam pelo mais profundo amor e admiração e, por ironia, fui abordada por um hippie que me vendeu uma lembrança de sorte e, de brinde, outra de humanidade. Há tempos não via uma pessoa tão educada e serena quanto àquele moço. Na sua simplicidade, me respondeu quando perguntei se ele não sentia falta de uma moradia fixa, dizendo que a vida é mais que isso e que as paredes não o permitem olhar o mundo com clareza e liberdade.
Me entregou o artesanato e partiu depois de me cumprimentar gentilmente, pelo nome.
Cheguei em casa, liguei a TV e ouvi alguém dizendo que ontem, foi ontem. Seja sereno pro hoje que o amanhã te abrirá os braços. Não importa as dores, os problemas, as tristezas, existe Algo maior, portanto... busquemos as coisas do alto, nem tão difícil para os baixinhos mas, impossível para os pequenos.

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