sexta-feira, 4 de junho de 2010

Não é nada disso


São apenas borboletas, vaga-lumes e cigarras

Eu jamais achei que algo pisoteado de forma brutal, pudesse ressurgir mais belo ainda.
Até a dor, o sofrimento, se torna especial quando adentra num ser iluminado.
Iluminado porque consegue extrair naturalmente o que restou de cada pedra gigantesca que talvez, um dia, quem sabe, venha a se tornar um pequenino diamante, eterno.
Eu passo os dias sem encontrar tristeza naquelas lágrimas que choram esperança. É como ver o mar de ressaca e mesmo assim, se espantar apenas com a beleza daquela brutalidade musical que descansa na infinita mansidão de dias e dias ensolarados.
Eu jamais saberia traduzir o pedacinho de vida que transpassa o indispensável para existir. O óbvio desenganado não faz parte daqueles que amam o espírito antes do corpo, das vestes, dos motivos, das realidades breves.
Os lábios desejados são os lábios que encantam, que proseiam saudades, mas que sabem de nada mas insistem em tentar pelo fascínio lógico de ser humano.
Como seria o beijo dessa alma? Intenso ao ponto de se perder dos propósitos antropológicos, filosóficos e sociológicos? Seria um mistério. Medo, vertigem e gozo e infinito.
Olhe pra ela e diga que estou errada?!
Lindas atitudes que me fazem pensar cada vez mais que no fundo, não importa o que os outros façam, importa o que você faz.
Eu continuo encantada pela vida. Todo dia, um pouco mais. Sem querer, querendo.


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