segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Simplificador

Um colega meu, participou duma oficina cultural que apoia jovens carentes aqui em Maringá, com propósito de retirá-los da marginalidade. Contando um pouco sobre o projeto e sobre essas pessoas assistidas, chegamos à conclusão que na maioria das vezes a gente reclama da vida sem saber o que é um grande problema, uma tristeza profunda.
                A liberdade que temos de ir e vir é a maior alegria frente a qualquer problema. Podemos nos divertir, sair e voltar quando quisermos, podemos estudar e dizer o que pensamos sem sermos massacrados por regimes totalitários, por exemplo.
                Mas hoje um vizinho me surpreendeu! Pediu pra eu tomar muito cuidado ao voltar pra casa à noite porque muitos “vagabundos” estavam rondando o bairro. Aí lembrei da minha mãe, toda preocupada com medo de assalto e que pediu pra eu levar meus eletrônicos pra São Paulo, quando fosse passar as férias de fim de ano.
                Quer dizer que é verdade mesmo que só o dinheiro compra a liberdade?
                Terei que colocar um alarme pra viajar?
                Pagar um vigia pra cuidar da casa?
                Todo regime político é uma força opressora?
                Na cartilha do capitalismo, onde existe liberdade pra tudo, se você não tem poder financeiro, você na verdade, não tem nada de livre. Você se torna apenas uma vítima velada do sistema, onde ter para ser, vitima os menos favorecidos por governos que pouco se importam com a qualidade da educação do povão. Daí pra frente a gente sabe que tudo pode acontecer, inclusive, mais um capítulo na história lida pelos países desenvolvidos que veem o Brasil como uma selva de canibais.
                Pensar que o socialismo seria diferente é tão utópico...
                O socialismo é o lobo em pele de cordeiro. Ler um pouco sobre a história de nações regidas por essa política nos faz entender que realmente, nem só de pão vive o homem.
                Melhor mesmo é seguir o conselho da minha irmã mais velha: vamos aproveitar do dia, o que ele tem de bom. Nada de poupar o dinheiro do chopp, do passeio, na esperança de ficar rica daqui 20 anos e começar a gastar isso depois de velha. Enquanto uns esperam pra gastar em abundância, vou optar em simples doses diárias pra não me deixar oprimir pelo sistema, não rebaixando minha maior qualidade que é ser livre pra experimentar, viver a parte justa que me cabe (o resto é injustiça social?).
                 Simplifique – os problemas.


                

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